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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Questiono: Porquê?; O quê?; Como?;Quem?; Quando?; Onde?...


Porquê?
Porque tem o meu coração vontades súbitas de se expressar? Porque tem o meu cérebro saudades emergentes de querer partilhar com o meu peito, o que a minha alma me diz...Até hoje desconheço. Não encontro uma resposta....Mas é verdade, sinto-o.

O quê?
Um sentimento alegre, mas controverso e diverso, que se espalha pela aurora do final de cada tarde numa luz ténue e me lembra cheiros e significados. O que é...vem cá de dentro, do fundo,... bem do fundo do meu âmago. E, enquanto não explode ou rebenta, não sossega, nem me dá sossego...

Como?
Aproveito portas e travessas e deixo as palavras sair, jorrar por entre os meus dedos feitos boca. Muitas não têm nexo ou sentido...surgem soltas, desgarradas, desfasadas, decididas sem pedir autorização. Outras vêm juntinhas, encostam-se a mim com carinho, encaixam-se, onde tudo faz sentido do princípio até ao fim.

Quem?
Eu...alma de ninguém multicolor que abrigada dos outros encontra o refúgio apenas dentro de si. Translúcida; sonhadora inveterada; gipsofila;  de uma loucura sã; de inocência adulta; fraga do ventre de alguém; forte e fraca nos momentos; que geme quando é preciso e faz gemer quando passa; criança nos seus desejos; que ama a vida e a guarda; que encontra a felicidade em apontamentos; Maria de sonho e de nada, insignificada.


Quando?
...nos momentos mais disformes, inadequados...onde nem uma caneta tenho à mão...nem paz, nem perdão; ...para acalmar a minha ira, amor, ou indulgência expressiva de uma vontade súbita de viver e significar algo mais, junto de alguém ou de mim.

Onde?
Num universo qualquer, onde a Ordem exista e persista...

Vivemos num mundo padrasto, que nos bate sem motivos, que nos divide, que nos compra, que nos vende ....que é austero e arrogante..........se, não for os "mimos" que podemos dar uns aos outros em cada gesto, a cada dia, para que serve a nossa existência?

... a  minha existência está resolvida...

sábado, 16 de julho de 2011

The gift...


Sonhei um dia dar-te o Mundo, mas tu recusaste. Foi um dia que não esqueço...Um presente recusado...num passado..

Naquele dia a minha alma amanheceu cheia, cheia de amor, de carinho e de compaixão... para te dar tudo. O Mundo, era o exemplo maior da minha generosidade. O presente que representa tudo para mim...

...mas, assustei-te sem querer. Quando de mãos estendidas, te entreguei este presente, numa caixa bonita com um laço exuberante.

Desconfias-te...
Não estavas habituado, a que um estranho tivesse tanto para te dar, assim, num repente...

Olhavas para ele incrédulo. Perguntavas-te - Porquê?!!!...Se estaria a brincar com os teus sentires mais profundos que ninguém conhece?!!!...Não estavas realmente habituado à generosidade que existe, de vez em quando, entre os Homens...

No entanto, houve momentos em que senti que querias receber, que tinhas vontade, que te apetecia, que desejavas, que sonharas com isso, tal como todos nós sonhamos...
Mas, as interrogações a meu propósito, eram maiores, eram gigantes....e,  a vida, tinha-te feito acreditar que já tinhas gasto todas as tuas oportunidades...
A esperança..., que ficara para trás, para os outros...

...Procurei, sem conseguir, diferenciar-me.
Tu, quase viste o que te quis fazer notar...

Um dia, percebi que o momento tinha passado,  tão rapidamente, levando-te com ele...
Procuraste a racionalidade de ti...distanciaste-te dos sonhos...

...e, entendi, que não passei de uma névoa boa, por instantes, aos teus olhos. 
Um translúcido momento de esperança, de que a vida afinal até pode valer a pena...

...A oportunidade.
...A oportunidade.

Muitas páginas depois. ...ainda hoje me questiono e procuro as razões das tuas dúvidas...
Percebo agora, que quem não acredita na generosidade da vida,  uma vida quase metade,... vacila e não sonha...

Eu continuo com o Mundo nas mãos para te oferecer, ...pelo prazer de te dar..
.Reformula e recebe-o...vindo das minhas mãos ou de outro alguém que te queira oferecer...
Dá, o prazer de dar, a alguém...