Voltas
Se fosse contar em passos a distância que se impõem, daria voltas à Terra e as minha chagas seriam visíveis...Há distâncias impossíveis de medir mas que se sentem. ...Sentem-se na carne, na pele, nos ossos...nas dores que sentem, no coração, no peito, na alma, num braço e noutro, numa perna e na outra, no pescoço, no ventre, nas costas, na nuca, nos olhos, nos lábios...
Quaisquer Pés ou Jarda, Quilate ou Onça, Milibar, Torricelli ou Colher de chá, se revelaram incapazes de o fazer, ...de a colmatar junto com a dor...
Resta-me a esperança na Velocidade do Vento... Que transforme esta conversão estendida, do que é hoje, no que foi...
Quero converter estes meus passos em Pressão, Volume ou Massa e que o Comprimento diminua este meu vazio sideral...e, me aproxime do mel que contêm os seus beijos...
Depois do antes ...ou, mesmo, antes do depois, tudo será diferente...Como assim já o é hoje, como toda a vida foi...