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2º Acto - As lembranças (1)
Eurico Cuneo do outro lado da vida, formulava desejos de sonho em lugares românticos...
Ao som do frio e do calor das suas notas, desejava abraça-la... assim que pudesse. Pretendia envolvê-la nos seus braços e adormecê-la para sempre junto de si... sentia-lhe a falta.
Era tão grande a saudade e a admiração que tinha por aquela antonomasia morena, de carácter doce, que às vezes, imaginava que tinha asas e podia voar azul ao som da sua harpa...e, voava mesmo...flutuava, dedilhando... Apaixonado, em tradução literal recordava abendmusik....
Fim do 2ºActo.
Interlúdio
3ºActo - As lembranças e o princípio da agonia ...(2)
...ouvia o Ré no sistema alfabético como se ela lhe cantasse ao ouvido, baixinho, sussurrando nota a nota e perdia a respiração e o fôlego...
Accelerando, não sabia mais o que fazer para acalmar aquela saudade e aquele desejo semmmmmmm fim. Aquela lembrança dorida, que tanta alegria lhe trazia e lhe aconchegava a alma por instantes salteados... Lembrava os beijos, os mimos, os colos trocados... os risos, as carícias, os afagos e a ternura imensa dos poucos e curtos momentos, que uma vez passaram juntos...
... as luzes apagam-se, o pano cai e a plateia cristaliza...
Momento do reencontro. Cenografia: sem tempo, sem horas, sem lugar, para poderem viver finalmente um amor verdadeiro, intenso e serem felizes...
No quarto-muro....deixaram o teatro da vida, para viver de verdade...
...até, que o dramaturgo dê início a um novo processo criativo reinventando a história.
FIM
Gostei. Um final bem interessante! Um abraço.
ResponderEliminarque lindo Ana!! Que história essa ... será que vão conseguir mesmo saír dos palcos e partir para outro lugar? Ás vezes não basta o desejo não é? beijos e obrigada pela história
ResponderEliminarAmiga...isto é um excerto de uma história de ficção, inspirada apenas em vidas que vejo...gostei que a adoptasses como se fosse tua...um dia prometo que te escrevo uma, porque tu és uma fonte de inspiração...e, tu sabes isso.bjsss
ResponderEliminarBonito, gostei muito.
ResponderEliminarAbraço.
Ana esse excerto é triste ...eles não ficam juntos...
ResponderEliminarbjs
"...No quarto-muro....deixaram o teatro da vida, para viver de verdade..." - se eu fosse o dramaturgo (?!) não acrescentava mesmo mais nada!
ResponderEliminarBeijinho
Alfa, faz-me falta o resto...
ResponderEliminarAté o resto de ti, que andas tão por lá...
um beijo
un gusto visitarla.
ResponderEliminarun abrazo
Parece-me um concerto Rock...á 200 anos atrás...
ResponderEliminarMas o amor é sem tempo.
Bj
Pois é,Ana...cresces a cada texto que escreves...já vou tendo deficuldades em te comentar...e ainda bem!
ResponderEliminarBj*
MUITO ORIGINAL ...NÃO TE SEGUI MAS COMPREENDI A COMPLEXIDADE ENTRE O TEXTO E A OBRA MUSICAL...
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