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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O tempo que o tempo tem...reflexão


 O tempo que o tempo tem...


O tempo tem tempo para tudo,
...nós não

O tempo tem tempo para nós,
para ele,
e ainda lhe sobra tempo para os outros,
...nós não

O tempo, gasta o seu tempo em tudo quanto leva tempo,
...nós não

Ao tempo sobeja até tempo
...a nós, não

Em que gastamos nós afinal o tempo??!!!
sem ser em tempo e no tempo que gastamos..

...gastamos o que não temos... tempo

tempo é espaço...

gastaremos nós o tempo e o espaço!!!!!!???

Estou sem tempo...

e sem espaço vos escrevo,
na esperança de que o meu tempo, substancie o gastar do meu próprio espaço

e, sem tempo, gasto o espaço que não tenho...

porque, não tenho tempo.



Penso:
"Esta utopia do progresso ininterrupto"
...abençoado tempo que gastei, em companhia da amizade. O espectáculo terminara, o teatro fechara as portas, o público todo tinha saído e nós sozinhas num cenário fantástico de vazio...trocavamos palavras perdidas, no teatro...pela noite fora.

10 comentários:

  1. ADOROOOOO...O tempo voa de uma maneira...
    A MÚSICA É LINDA:)
    SUUUUUUUUUUrrisinhos:)

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  2. memórias de "durações de um minuto" ? :-) é magnifico o texto! bj linda

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  3. Bethânia é fabulosa!!!!
    Eu gostava de tempo, para ter tempo!...
    Gostei muito de todas as derivações sobre o tempo aqui descritas.
    Bj,
    Manuela

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  4. Lu: O tempo voa mas esse trocadilho do tempo é lindo adora as canções e as musivas de Betania.
    Beijos
    Santa Cruz

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  5. Bethânia inigualável!
    Interessante este correr das palavras em reflexão sobre o tempo! Gostei de as ler. Há tempos, editei um post falando do Tempo. Aqui lhe deixo o texto:
    “Já lá vai o tempo em que o Tempo me dava tempo.
    Agora, não. Já pouco me cede, e nem por empréstimo se alarga, um nico que seja, antes se encolhe.
    Magoa-me, dói-me.
    Para além dos padecimentos físicos, põe-se a arranjar-me outros, a ele não lhe falta o tempo para me mortificar, e passa o tempo a dissimular como um fingidor.
    Ora me diz que sim, está tudo bem, abrindo-me alentos, ora me amanhece com penares e interrogações, ora me inquieta e desassossega o sono despertando-me com outros oras, roubando-me o tempo do retempero. Quer que eu caminhe sem andar, que ouça sem escutar, que veja sem enxergar, que chore sem lágrimas, que ria sem riso, que grite sem voz, que sonhe sem sonhos, que sofra com dor. Que me zangue sem ira. Que seja inútil e estéril.
    Só não diz, nem disfarçando, a que tempo se irá o Tempo.
    Mas, o que seria dele sem mim? Nada!
    Tenho razão e coração. E ele? Falta-lhe uma coisa, desconhece a outra. Ouço e gosto de ouvir e ver. Olhar o dia, que me traz a luz, os sons e os odores lá de fora, a chegar-me de manhã pela janela semi-cerrada, às vezes de madrugada, e, quando é Primavera, a deixar-me acompanhar o esvoaçar das andorinhas à procura dos beirais, pelo ar aos arrebiques, pintando-me o carro com os seus dejectos ácidos, ou de ver o vizinho que calcorreia, rápido, a rua a caminho da nova pastelaria em busca do croissant acabadinho de sair do micro-ondas. E mesmo no Inverno, quando chove e graniza, ou a luz não é a do Sol mas a de um relâmpago. E ele? Que vê ele?
    Quando choro de dor, do magoar que ele insiste em pegar-me, tenho uma mão amiga que me afaga a face, me olha nos olhos e me sustém as lágrimas. E ele?
    Quem lhe dá um ombro suave para repousar a cabeça e lhe fala de coisas simples como pagar a conta da água ou do telefone, cada vez mais caras, ou prenuncia a discussão que está para chegar e não atira as zangas para amanhã, das compras a fazer vinda a bonança, ou, ainda, das férias que se hão-de gozar, dando-lhe a consciência de que ainda vive?
    Andou ele, alguma vez, por poças de água de caminhos molhados. Deitou-se ele, alguma vez, no capim encharcado depois da chuva? Quando bebeu ele água das lagoas ou rios, depois de neles ter mergulhado, levando-a à boca com as mãos? E o funge, o pirão e o jindungo? Sabe ele o que são? Jogou ele, alguma vez, de pé descalço, com bola de meia enchida de trapos, na lama dos musseques?
    Amou ele, alguma vez, ao luar sobre a areia da praia, arfando de amor?
    Ouviu ele, alguma vez, o riso ou o choro de uma criança do mesmo sangue, mais lindos do que os brilhos das estrelas, encostada ao peito, aonde se aconchega para um sono tranquilo e seguro?
    Teve ele, alguma vez, tempo para tudo isto? Não, só para me tirar o tempo!
    Entre mim e ele corre tudo o que nos separa.
    Quem o inventou, quem o trouxe para o meio da gente?”
    --
    Peço que desculpe o abuso do espaço ocupado.

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  6. Num espaço temporal em que o tempo,é coisa do tempo,em que bem o gastas,mesmo parecendo que não tens tempo para o teatro da vida!

    Bj*

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  7. A musica é linda,grato pela partilha.

    Beijo.

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  8. Boa noite,
    pensava que já tinha vindo agradecer a sua visita, parece-me que estava enganada, é que com esta história do lançamento do meu livro, não tenho tanta disponibilidade para visitar todos quantos desejo.

    Lindo momento este aqui, adorei!

    Beijinhos,
    Ana Martins

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  9. O tempo .... Dizem que é o Senhor da razao.
    mais o tempo nada mais é que uma criança a nos pegar peças.

    bjs
    Insana

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  10. Obrigado a todos pelas palavras que aqui me deixaram sobre este post,... Obrigado por me lerem.
    Carlos Albuquerque, não fique preocupado por o seu comentário ser grande, obrigado por partilhar comigo e com todos quantos aqui passam o que lhe saiu da alma, a propósito do mesmo tema.

    1 beijo para todos

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alfa diz: