Hoje, vesti-me de preto.
Nem sei porquê!? Nem ele sabe. Apeteceu-lhe colar-se a mim, o negro.
Peguei num livro e comecei a ler. Era manhã. Corria uma brisa fresca. Sentei-me no muro à espera da minha boleia de verão. Cartas de Guerra, chama-se....Acrescento, cartas de guerra com muito amor e melancolia à mistura. Estou feliz, mas ontem estava mais. Pelo meio da felicidade que sinto hoje, são as dúvidas que me confundem. Talvez por isso, me tenha vestido de preto ou talvez não…Aconteceu à pressa.
Ontem, tudo era claro, tudo me parecia tão claro, porque estava acontecer. Era o momento.
Hoje, tenho comigo uma mistura turva, que não me deixa estar completamente feliz, como estive ontem.
Penso. As histórias começam e acabam todos os dias, mas apenas e só, porque, as interrompemos. Somos forçados. Somos forçados por tudo, até pelos nossos sentidos...Por tudo.
Temos sono. Não resistimos ou resistimos em demasia. Podiam no entanto, perguntar-nos, se, é isso, que queremos!
Não era. Não queria…
…
Acrescentei um lenço ao pescoço com um padrão airoso e saí para a rua…tudo, se tornou mais leve e, por isso, menos denso. Havia, pequenos apontamentos escarlate. Nas mãos, no lenço e em mim.
Há decisões que nos transfiguram!
ResponderEliminarBeijinho
Quicas
Ana,mesmo em tons de tristeza,as coisas te saem airosamente,as palavras,entenda-se...onde primas por bons tons!
ResponderEliminarBeijinho
Apesar de travestir-se de negro tudo lhe saiu assim - coloridamente leve e delicado.
ResponderEliminarEsta tua forma mansa de escrever.
Lindo demais.
Abraços
...obrigada, o vosso carinho alenta-me as palavras...bjinhos
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