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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vencidos por nós...

 

Nada colmata as distâncias
não há actos ou afectos que as alimente
Nada colmata o que ficou por fazer
as coisas mais simples
de que a vida também é feita
transformam-se em desencontros latentes
que espreitam a cada esquina os destinos
e crescem ás avessas
Nada sobrevive em mundos distintos
águas que só se misturam ás vezes
sem ter o mesmo curso
por muito que o seu correr seja feliz
Nada vence a escuridão o espaço criado
as lacunas
Nada vence as pausas de frio deixado pelo calor ardente
Nada vence a ira gratuita a resvalar o prazer pela maldade
de quem se sente enganado
Vencidos, nos deixamos ir cada um para seu lado
para mais longe ainda...
que a distância que sempre nos separou
onde um dia nos encontramos perto

Nada nos vence, senão nós próprios...
Fomos vencidos por nós...

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